Um Crime, Fantasmas & uma Estátua que bebe Drinks

Local: Faculdade de Direito - Universidade de São Paulo, Largo São Francisco, 95 - Centro, São Paulo

(Foto Site Oficial)

Historia da Faculdade de Direito:

No ano de 1827, após a proclamação da Independência do Brasil, foi criada a Academia de Direito de São Paulo. Tinha como objetivo formar governantes e administradores públicos capazes de estruturar e conduzir o país recém-emancipado.

(Foto - Site Oficial)

“Na fervilhante vida cultural que a Faculdade de Direito introduziu na pequena São Paulo do Século XIX, foi também gestado um sem-número de periódicos, peças teatrais, obras literárias e poéticas, que representam fundamentos da vida intelectual nacional, condensados nas figuras de Álvares de Azevedo, Castro Alves e Fagundes Varella, poetas românticos cujos nomes, gravados em placas de mármore, há mais de um século encimam o portal de entrada da Faculdade” (Trecho em cópia do site oficial).

(Foto - Site Oficial)

A Academia de Direito instalou-se no Largo de São Francisco, no antigo convento, que datava do século XVI e permanece no local até o momento. Na década de 1930 foi construído um novo edifício, projetado por Ricardo Severo, sucessor de Ramos de Azevedo, onde soma-se a arquitetura, elementos do barroco luso-brasileiro, evocando a tradição cultural do país e do antigo convento.

(Foto - TR)

O prédio é patrimônio histórico do Estado de São Paulo e abriga um importante acervo cultural. Entre os elementos que compõe o acervo estão os vitrais da escadaria, produzidos pela Casa Conrado Sorgenicht, e o mobiliário do Salão Nobre e da Sala da Congregação, confeccionado no Liceu de artes e Ofícios de São Paulo. Obras de artes (pinturas e esculturas) de artistas renomados.

A Biblioteca, desde o ano de 1825, já possuía um acervo que reunia de longa data pelos frades franciscanos documentos e livros importantes, e dessa forma tornou-se a primeira biblioteca pública de São Paulo, antes da inauguração da Faculdade.

(Foto - Site Oficial)

Uma Estátua: Alvarez de Azevedo, ou deveria ser...

(Foto - TR)

A Estátua está localizada perto da entrada do edifício, um busto de bronze, criado pelo artista visual Amedeo Zani. A obra seria apenas uma obra de arte, se ela não tivesse um passado peculiar, e tivesse se envolvido em um crime.

(Foto - TR)

E tem mais um fato interessante, dizem que o Busto de Álvares de Azevedo, na verdade não é dele.

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Então, quem está representado por aquele Busto de Bronze?

Fagundes Varela, dizem que a escritora Lygia Fagundes Telles, que durante uma pesquisa comprovou que havia uma informação incorreta, ela conta sobre essa questão em seu livro: A Disciplina do Amor.

(Fagundes Varela)

Lygia, já tinha algumas teorias antes mesmo de estudar na faculdade, nos anos 40. E quando a sua teoria foi apresentada a escola, o jornal do Campus, colocou no site, os retratos de ambos os escritores e uma foto da estátua, abrindo aos estudantes a discussão sobre o assunto.

No século XIX, Álvares de Azevedo, Fagundes Varela e Castro Alves frequentaram a Faculdade de Direito em São Paulo entre outras gerações de artistas.

Álvares de Azevedo, faleceu antes de terminar a faculdade, mas deixou um legado importante.

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No ano de 1906, o Centro Acadêmico XI de Agosto resolveu fazer uma homenagem aos 03 grandes escritores: Álvares de Azevedo, Castro Alves e Fagundes Varela, através de um seminário conduzido por Euclides da Cunha, foi a forma que os alunos encontraram de levantar dinheiro para encomendar os três Bustos de Bronze, talvez pela falta do dinheiro que não conseguiram em sua totalidade, apenas um busto foi encomendado: Álvares de Azevedo.

(Foto - TR)

Assim foi feito um Busto de Bronze, mas até hoje um mistério circula sobre o que de fato aconteceu entre a encomenda e a obra finalizada. O pedido era a confecção do Busto de Álvares de Azevedo, mas foi entregue outro escritor: Olhando atentadamente é nítido que o rosto é do escritor Fagundes Varela.

(Foto - TR)

Contudo, mesmo sabendo a verdade, o Busto continua sendo chamado de Álvares de Azevedo, incluindo a placa abaixo da obra.

Uma pergunta: Porque manter a placa e os registros de Alvares de Azevedo, quando na verdade é Fagundes Varela?

(Foto - Internet)

Um Crime:

Ano de 2006, o Busto de Álvares, que na verdade é Fagundes, foi sequestrado por um grupo de alunos do Centro Acadêmico XI de Agosto. Que desencadeou uma campanha: Volta Álvares.

Resumindo a história, que envolveu professores, policiais e pais dos alunos, lembrado que a obra tornara-se parte do patrimônio da cidade. O Busto de Álvares de Azevedo, voltou para o Largo onde está até o momento.

(Foto - Internet)

Fantasmas:

Estudantes e moradores locais, afirmam que os antigos alunos continuam fazendo da Universidade sua morada eterna, que é possível ver vultos e ex-alunos sentados nas escadas, mesmo em horário de aulas. Algumas pessoas contam que já os viram desaprecer por entre os alunos atuais.

(Foto - TR)

Também é comum ver os antigos alunos próximo as janelas á noite, quando ninguém vivo está no local.

Várias pessoas afirmam que eles aparecem e somem quando alguém se aproxima, ou simplesmente entram nas paredes e somem para dentro da escola, dizem que o contrário também acontece, de ver os ex-alunos, pós morte saindo da faculdade simplesmente passando pelas paredes ou janelas.

(Foto - TR)

Um porão, um Drink e uma Estátua:

No porão na faculdade, acontecem festas e eventos com frequência. E as vezes, também acontece uma situação curiosa e peculiar, contada por pessoas diferentes, em eventos diferentes.

Alguns frequentadores, alunos e funcionários afirmam que já viram a Estátua de Álvares de Azevedo pedindo um drink na festas.

Uma pergunta aos curiosos: Se o Busto não é de Álvares, mas sim de Fagundes, quem é visto bebendo drink no porão em dias de festas? Álvares ou Fagundes?