Os Fantasmas da Machine de Marly

Local: Palácio de Versalhes/Versailles - Place d'Armes, 78000 Versailles, França

(Foto - Pesquisa - Arquivos & Site oficial)

Machine de Marly:

Era uma invenção ousada para época, trazer água para o palácio, para as fontes do jardim.

Uma bomba da água, Jack, localizada na parte inferior do morro de Louveciennes, nas margens do rio Sena, a mais ou menos 12 quilômetros de Paris.

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O rei Luís XIV, ordenou a construção da bomba de água para levar água para seus palácios: Versailles e Marly. Foi com certeza, uma das máquinas mais complexas daquele tempo. Era considerado o projeto hidráulico ambicioso

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Château de Marly

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Foi um Palácio Real localizado na comuna francesa, Jack, que passaria a ser conhecida como Marly Le Roi ficava na margem do parque real. A cidade, que originalmente cresceu para fornecer serviços ao palácio.

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Havia além da distância outro problema, água precisava subir um aclive de 150 metros.

A Foto é moderna, mas cria uma ideia da distância que existia até Versailles.

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Então um jovem ambicioso, Arnold de Ville, que já havia construído uma bomba em Saint Maur, apresentou seu plano para bombear água do Sena, ao rei. Que concordou com a construção de uma máquina no rio Sena para abastecer os palácios.

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Para projetar e construir a máquina, o engenheiro chefe Arnold de Ville, precisava de conhecimento técnico, trazendo, assim o mecânico e mestre carpinteiro Rennequin Sualem e seu irmão Paulus. Os irmãos já haviam trabalhado juntos em uma bomba no castelo de Modave.

A construção mobilizou 1.800 trabalhadores. Foram usadas mais de 100.000 toneladas de madeira, 17.000 toneladas de ferro e 800 toneladas de chumbo e ferro fundidos. A madeira usada para construir a plataforma e as rodas da máquina vieram das florestas ao redor, o derretimento das tubulações foi feito na Normandia.

O projeto começou em junho do ano de 1681 pela canalização do rio Sena, a máquina começou a ser construída no final do mesmo ano. E em 14 de junho do ano de 1682, uma demonstração bem sucedida foi realizada, para o rei. A construção demorou 7 anos.

Foi considerada uma das maravilhas do mundo na época, e pode ter sido o maior sistema integrado das máquinas já montado naquela época. Mas além da máquina foram construídos edifícios, aquedutos e reservatórios.

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Luís XIV tinha um pequeno palácio e deu de presente para Ville como uma recompensa por seu trabalho. Consta também que Arnold de Ville ganhou um bom montante de dinheiro pelo sucesso desta máquina e aproveitou a oportunidade para subir na aristocracia.

A máquina possuía 14 grandes rodas de pás de 12 metros de diâmetro. Por um sistema de equilíbrio, cada uma das rodas estava operando continuamente oito bombas submersíveis no Sena e uma série de bombas localizadas em níveis mais elevados. Havia também uma estação de bombeamento e a máquina tinha no total mais de 250 bombas. Possuía ainda quatorze rodas d'água.

Havia um aqueduto subterrâneo com 6 km de comprimento que levava a água pela força da gravidade. Também era captada água de outras lagoas menores.

A máquina trabalhou continuamente dia e noite, exceto durante as cheias do rio e durante as baixas no inverno ou quando congelava as águas do Sena.

Mesmo antes de sua conclusão, uma organização administrativa foi criada para cuidar da máquina. François Michel Le Tellier de Louvois, que tinha sido nomeado superintendente dos prédios reais com a morte de Colbert, chamou Jerome Cochu dando-lhe o título de controlador dos edifícios reais. Sendo um homem de confiança de Louvois, seu papel era supervisionar o trabalho e autorizar pagamentos. Durante trinta anos, Cochu administrou a instituição responsável pela máquina de Marly.

Inicialmente a máquina de Marly forneceria 6.000 m3 de água por dia. Mas por causa da sincronização pobres dos dispositivos, o rendimento foi menor. Apesar da manutenção contínua da máquina por muitos carpinteiros, ferreiros, encanadores e outros, as peças se desgastavam por causa da fricção e, muitas vezes quebravam.

Uma curiosidade sobre as fontes abastecidas pela máquina

A principal está localizada sob o terraço entre o castelo e a bacia de Latone, o reservatório subterrâneo sul foi criado no ano de 1672 por François de Francine, para permitir o funcionamento simultâneo de todas as fontes que fazem fronteira com o Castelo.

Todas essas fontes foram alimentadas pela caverna de Thethis que ocultou um tanque com uma capacidade de 585 m3.

O consumo das bacias do Parterre d'Eau, do Syrènne, do Marble Court e do Parterre du Midi situado no mais alto nível do Petit Parc exigiu a construção de três reservatórios com 3400 m3. A caverna, nos tempos atuais já não existe mais.

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Os Fantasmas da Machine de Marly

Os funcionários e visitantes que caminham por Versailles, contam que é comum ver e ouvir trabalhadores caminharem nas proximidades das fontes, usando de trajes antigos que eram usados por aqueles que colocaram a ideia do rei em prática, criando as grandes fontes e bomba de águas.

Eles continuam eternamente cuidando e observando seus trabalhos. Existe registros de pesquisadores que relatam que muitos morraram cosntruindo toda a estrutura, nas vezes que ouve desmoronamento e nas tentativas de achar a melhor forma de colocar a invenção para funcionar.

Não apenas reis e rainhas caminham por Versailles, mas trabalhadores comuns, e desconhecidos escolheram Versailles para moradia eterna.