O Labirinto de Esopo
- Thais Riotto
- 25 de mar. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 29 de dez. de 2022
Versailles. Um lugar no Tempo
(Château de Versailles / Palacio de Versailles)
A ideia da construção do labirinto, foi de Charles Perrault, durante a publicação, em 1668, dos primeiros livros das fábulas de Esopo, colocadas em verso pelo autor La Fontaine. O rei Luís XIV se interessou pela proposta, da qual além de ser um jardim especial, serviria também para aprimorar a educação de seu filho.
(Foto Site Oficial Versailles)
O labirinto foi realizado por André Le Notre, no qual possuía uma rede hidráulica de dutos de chumbo, para alimentar as trinta e nove fontes de formas e tamanhos variados.
Cada uma das trinta e nove fontes ilustrou uma fábula de Esopo. Sua decoração foi centrada em esculturas de animais em chumbo policromo, executado em modelos fornecidos por Charles Le Brun.
(Foto Site Oficial Versailles)
(Foto Site Oficial Versailles)
Essas fontes foram posicionadas dentro de um caminho complexo, esses animais foram encenados pelo uso intensivo de efeitos hidráulicos e arte rupestre. Cada fonte em sua complexidade de detalhes foi criada por vários escultores; os animais tinham a boca aberta para permitir a saída dos jatos de água, pois a mesma simboliza a fala.
Todas as trinta e nove fontes possuem uma legenda em verso, gravada em letras douradas em placas de bronze e pintadas em preto.
(Foto Site Oficial Versailles)
As árvores atingiam 8 metros de altura, e os caminhos eram estreitos, entre 1,50 e 2,50 metros, dando a sensação do labirinto em si. Um entretenimento do tempo, o buscar pela próxima fábula, sem conseguir vê-la a distância.
(Foto Site Oficial Versailles)
(Foto Site Oficial Versailles)
Mas o que poucos sabem é que o labirinto, não era aberto ao público, mas sim o local restrito do rei. Existiam apenas quatro chaves, da qual o rei abria para seus ilustres visitantes, para seu lazer e de seu filho e para festas.
O labirinto passou por uma restauração, no final do reinado de Luís XIV os animais de chumbo e os letreiros foram pintados e tratados. Depois de 1739, o custo de sua manutenção, o levaram a sua destruição e durante a replantação e modernização dos jardins do ano de 1775 a 1776, foi substituído pelo bosque da Rainha.
O labirinto e suas obras formaram uma coleção exclusiva e única no mundo. Apenas trinta e cinco animais e a estátua de Esopo que decorava a entrada principal do labirinto, sobreviveram ao tempo.
PDF: As Obras de Esopo
(Foto Site Oficial Versailles)
Uma outra curiosidade sobre o as fontes, é a representatividade da água, que saia pelos bicos e bocas das fabulas, água foi representada como fala. Como se dessa forma as fabulas estivessem sendo contadas a seus visitantes, sempre que estavam funcionando.
Os Contos de Esopo, sempre tiveram uma questão importante na história, não apenas em Versailles, mas em várias partes do mundo por serem fábulas sobre a moralidade popular e uma lição de inteligência, justiça e sagacidade. Que ao longo do tempo, livros e mídias a retratam como contos de Fada.
Mas afinal quem foi Esopo?
Foi um escravo e contador de histórias que viveu na Grécia Antiga.
Sobre Versailles, o jardim infelizmente não existe mais. Com o tempo o labirinto foi desativado, tornando-se o que o público conhece atualmente como Jardim da Rainha.
Video sobre o Aplicativo que foi criado para levar o públcio de volto ao jardim dos Contos de Esopo
Obs. O aplicativo é oficial desenvolvido por Versailles
Fotos Oficial do Aplicativo (APP) e do Site Oficial
PDF's Sobre Versailles
Fotos Arquivo e Site Oficial
Legal, não sabia. E bacana sua ideia de colocar o pdf com os contos.
Eu adoro labirintos, gostei do post, achei muito explicado e gostei da dica do app baixei por sua causa, depois que li o post. valeu pela indicação