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Chapeleiro Maluco.

Atualizado: 13 de nov. de 2021

Do Sorriso ao Mundo Sombrio de Alice no País das Maravilhas. O tempo não fez Tic nem Tac... Autor da obra: Lewis Carroll

 

(Fotos Internet)



“Tu és louca, eu sou louco, todos somos loucos! Se não fôssemos loucos não estaríamos aqui!”


A frase conhecida (e que gosto muito) é de um personagem famoso chamado Gato de Cheshire, ou gato que ri, como ficou popularmente conhecido em português, um dos personagens do fantástico universo de Alice no País das Maravilhas, do escritor de Lewis Carroll.


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O livro já teve várias adaptações para o cinema, incluindo a do diretor Tim Burton, assim como o livro já foi usado como base para muitos outros livros literários. Afinal Alice carrega uma mensagem importante: “Que para alcançar o impossível é preciso acreditar que tudo é possível”.

Mas afinal o que significa Cheshire?


Um nome vem de um condado da Inglaterra, e corresponde a uma expressão inglesa para uma pessoa que vive sorrindo ou ri muito, por isso além do nome, o gato tem essa “magia” de aparece e desaparece com seu sorrido.


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O Mundo de Alice, vai muito além de personagens que brincam com a imaginação e a mensagem de que o impossível é possível.


Do sorriso ao Mundo Sombrio. O tempo não fez Tic nem Tac...


O tempo, um tempo que tem pressa até um tempo que não há tempo, o coelho branco leva Alice para um país fantástico, com animais e personagens que encantam o leitor e público mostrando que tudo é possível, se acreditar.


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Mas, o tempo vai além, traz para dentro da narrativa situações, criticas e um mundo sombrio onde o tempo, as horas enlouqueciam um grupo de pessoas. Aqueles que estavam ligados aos chapéus...


Convido a mergulhar nessa narrativa sombria...


Um personagem traz uma realidade da época Medieval que poucos sabem e que possui uma presença marcante em toda narrativa, e os detalhes desse mundo sombrio que o envolve estão ali, o tempo todo ao olhar do leitor/público.


Chapeleiro Maluco. Existe um motivo real para o nome e as características desse personagem durante toda a trama.


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O nome vem de uma expressão em inglês: “Mad as a Hatter” que significa em tradução livre: Chapeleiro Maluco. No livro, assim como no cinema o personagem usa uma cartola, que tem uma etiqueta de preço com as palavras: "neste estilo 10/6".


O número está ligado ao preço (ao valor) significa que a cartola custaria 10 xelins e 6 pences. Mas, vai além disso, no dia 06 de Outubro, nos Estados Unidos é o dia do Chapeleiro Maluco.


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E aqui chegamos na parte sombria que envolve o personagem. “Ser mais louco que um chapeleiro”, a frase está relacionada ao mercúrio, que era utilizado na fabricação de alguns chapéus, e por causa disso era comum o vapor do metal ser inalado com frequência o que resultou no nome: Síndrome do Chapeleiro Maluco.


Antigamente os chapeleiros, os profissionais que confeccionavam os chapéus da época, dos quais eram considerados acessórios símbolo de status e poder, usavam muito o elemento mercúrio no processo de feltração e os locais de trabalho eram pouco ventilados.


Síndrome do Chapeleiro Maluco – O uso do Mercúrio:


Além de ser um metal pesado e altamente toxico, uma neurotoxina, uma substância capaz de afetar negativamente as funções neurológicas do corpo humano. O vapor é absorvido facilmente pelos pulmões e se instala no sistema nervoso central. Levando o paciente a consequências complicadas que vão desde alucinações até psicose. Muitos desenvolveram tremores, perda de coordenação, desordem na fala, irritabilidade, visão distorcida e ansiedade.


Quando isso começou?


A intoxicação surgiu na Europa Medieval. Os chapeleiros usavam de colas feitas com uma forma do metal, que é conhecida como nitrato de mercúrio para dar acabamento nos chapéus, e por isso passavam muito tempo expostos ao vapor desse elemento, levando os sintomas de insanidade, ou seja, passaram a ser conhecidos como malucos.


Quando surgiu a frase?


No ano de 1837 surge a expressão: “Ser mais louco que um chapeleiro”. Atualmente é conhecida como doença do chapeleiro maluco.


Com base nessas informações, passados 30 anos mais ou menos Lewis Carroll, em seu romance “Alice no país das maravilhas”, cria o personagem Chapeleiro Maluco.


E quem foi Lewis Carroll? (1832-1898)


Um gênio, um fotografo, um poeta (um dos precursores da poesia de vanguarda), um romancista, um observador da natureza e um matemático inglês.


Charles Lutwidge Dodgson, conhecido como Lewis Carroll. Ele nasceu em Daresbury, Inglaterra em 27 de janeiro do ano de 1832. Estudou no Christ Church, na universidade de Oxford, licenciando-se no ano de 1854.


Charles Lutwidge Dodgson começou a lecionar e a escrever artigos para as revistas literárias, assim nasce o nome artístico: Lewis Carroll.


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Quem é a Alice real que inspira a Alice no País das Maravilhas?


O primeiro livro é do ano de 1865. Alice era uma das modelos, que ele adorava fotografar. Alice Liddell, filha de um amigo.


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O segundo livro é do ano de 1872, no qual trazia a continuação da história: "Através do Espelho e o que Alice Encontrou Lá", Com seu conhecimento na matemática e a paixão pelas fotos e observação poética de movimentos, traz como base do roteiro o xadrez, onde os personagens são as peças do jogo. A obra fez grande sucesso.


Os críticos e o público receberam o universo de Alice como um livro destinado a crianças devido a linguagem simples, o universo de imaginação e possibilidades, dizem que Lewis Carroll nunca questionou esse foco, mas suas histórias mergulham em universos mais complexos, sombrios e abrem para olhares mais críticos e observadores, diversos questionamentos quando analisados pela ótica da fantasia e sua mescla matemática (o xadrez, o tempo e os outros cenários e personagens) e fatos reais, como o caso do Chapeleiro Maluco.


Os personagens também trazem a realidade misturada com a imaginação das pessoas da sociedade e da aristocracia da Inglaterra, com um leve questionamento e critica sobre elas.


Não se sabe ao certo se é verdade, alguns pesquisadores trazem comentários sobre a personagem da Rainha, ser criada com base na Rainha Vitória (ela reinou na Inglaterra por sessenta e quatro anos e seu governo ficou conhecido como a “Era Vitoriana”).


O autor, usando de seu nome verdadeiro, Charles Lutwidge Dodgson publicou três obras:


Um Programa para um Plano de Geometria Aplicada,


Euclides e seus Rivais Modernos


Matemática Curiosa


E com o nome artístico Lewis Carroll, além do livro de Alice no País das Maravilhas e sua continuação, publicou outras obras.


Dinâmica de uma Partícula,


Parques Desertos,


Belfry.


E há também um livro com algumas de suas poesias: O Caçador de Serpentes e Fantasmagoria, no qual introduziu uma forma original de verso que utilizava o sobrenatural e o absurdo.


O estilo foi imortalizado e é perceptível no poema chamado: Canção do Jardineiro Maluco.


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