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Cemitério: O que ele significa para você



 

Conceitos & Tipos de Cemitérios

 

Registros antigos com base em escavações arqueológicas, descrevem que o primeiro cemitério surgiu em 60000 a.C. O homem primitivo enterrava os mortos, para que a terra pudesse isolar o cheiro do corpo, e não atrair os animais predadores.


No ano de 1908, os autores Jean e Amédée Bouyssonie, retaram em artigos que houve a descoberta de estruturas de um neandertal, uma espécie humana extinta, de 50 mil anos na cova do cemitérios de La Chapelle-aux-Saints, na França.


Essa descoberta, segundo os autores, mostra que o corpo estava em posição fetal e as ferramentas que estavam com ele, apresentam um enterro intencional, simbólico, acreditando em vida após a morte, e não apenas o enterro pelo enterro como alguns registros arqueológicos descrevem.


Essa colocação dos dois autores desencadeia até hoje, vários debates. Terá foco nesse livro, apenas alguns fatos e registros que datam do surgimento dos cemitérios em um breve histórico, e os estilos que existem.


Vários autores apresentam explicações diferenciadas para o local que conhecemos como cemitério.

 


 

O que são cemitérios?


A palavra cemitério vem do grego bizantino, que tem como significado na tradução de dormitório, mas a grafia cemitério vem do latim: coemeterĭu, derivando para a palavra cemitério em português.


Cemitério: São locais usados para o enterro de pessoas, ou cadáver como alguns dicionários utilizam. 


O local tem alguns nomes que derivam de localização, cultura, história e religião. Cemitério também pode ser chamado de campo-santo, necrópole, panteão, e quaisquer palavras mantem o mesmo significado: descanso eterno dos restos mortais.


O que modifica em alguns cemitérios, é a forma como o enterro é realizado. Os corpos podem ser enterrados em caixões, sarcófagos ou cremados. E serem introduzidos em criptas, mausoléus, urnas ou nichos.


As formas e características dos cemitérios apresentam uma grande variedade de enterros ao longo dos anos, que envolve questão cultural, em alguns países eram comum enterrar parentes mortos em suas próprias casas, em outras situações mais delicados como das grandes doenças que atingiram o planeta, os corpos, evitando que fossem enterrados em locais na cidade eram enterrados afastados ou em tanques, evitando que a doença, mesmo depois da pessoa morta, pudesse ser transmitida para os que estavam saudáveis, esses são duas situações, em um estudo mais aprofundado é possível ver uma grande variedade de como as pessoas eram enterradas ao longo da história.


Assim como existem em algumas cidades cemitérios específicos de animais de estimação, que também tem seus registros desde a antiguidade.


Uma outra questão para o termo “cemitério”, está em que o mesmo tem sido usado ao longo da história associado a depósitos de objetos. É muito comum ouvir termos nessa conotação: Esse local é um cemitério de carros antigos, ou um cemitério de navios, entre outros.


“Cemitérios são um dos exemplos mais importantes de um tipo específico de museus ao ar livre como suas lápides; esculturas e arquitetura (etc.) refletem o desenvolvimento social, cultural e histórico das cidades. Embora públicos, abertos e disponíveis e, na verdade, muito atraentes para os turistas, os cemitérios de um povo local implicam algumas camadas extras de significado”. (Babic e Bingula – 2015).


Uma outra perspectiva que caracteriza esse local, é do autor Baptista (2015), ele descreve os cemitérios como patrimônios, um ambiente que agrupa arte, memória e interpretação histórico-social através de símbolos e valores culturais.


No Brasil, durante o período colonial e o Império, os sepultamentos aconteciam no piso das igrejas, em altares e ossuários das capelas, quando referia-se aos engenheiros, ou pessoas da alta sociedade. Os escravos eram enterrados nas praias, terrenos baldios, campos ou nos cemitérios pertencentes à Santa Casa de Misericórdia, segundo descreve Medeiros (2012).


Na Catedral da Sé, na cidade de São Paulo estão os restos mortais de todos os arcebispos da Arquidiocese de São Paulo, desde o primeiro. Além de estar enterrado o cacique Tibiriçá, considerado o primeiro cidadão da cidade, o regente Feijó e o padre Bartolomeu de Gusmão, o inventor do balão.


“Para a população não católica, no Rio de Janeiro e em Salvador, assim como no Recife, havia também um cemitério dos Ingleses, para o enterro de pessoas protestantes, por causa da proibição de se enterrarem nas igrejas católicas os não católicos, como os protestantes, além dos suicidas, os escravos, os que morriam sem batismo, os maçons, os condenados, e os usurários, os que emprestavam dinheiro a juros altos, prática condenada pelo Catolicismo” (Castro, 2013).

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