Castelinho da Rua Apa

Localização: Rua Apa, 236 - Campos Elíseos, São Paulo/Brasil.

(Foto - TR)

Em 1912 na cidade de São Paulo é erguida uma construção que fica na esquina na rua Apa. A mesma foi denominada como castelinho. E que a partir do ano de 1937 faria parte da história da cidade, através de um crime.

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A mãe e dois irmãos, foram encontrados mortos no local. O Castelinho era a sede do escritório, nenhuma das três pessoas moravam no local.

(Foto - Arquivos)

Um crime que até hoje nunca foi solucionado, a polícia na época fechou o caso como o responsável pelos crimes, teria sido um dos dois irmãos, que na sequencia teria se suicidado com dois tiros no peito. Esse detalhe, chama atenção até a atualidade. Mas o caso ficou arquivado, e o castelinho abandonado no tempo.

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Muitas histórias rodam esse local, depois da data de 1937, algumas pessoas moraram na casa e afirmam ouvir passos, vozes, correntes. Outras relatam acidentes na casa. Hoje ela está em ruinas, mas os vizinhos continuam a ouvir movimento e som no local.

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Não duvido que cada som, que cada voz esteja sendo manifestada lá. Contudo até onde vai a imaginação das pessoas? Até onde são “os sons do castelinho” e até onde começam a ser a mistura da imaginação?

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Os sons, as vozes, três pessoas foram deixadas ali, mortas, esquecidas, apagadas. Um crime brutal até hoje sem solução. Li inúmeras matérias (textos, vídeos) sobre ângulos diferentes, cada qual conta a sua versão, em cima dos mesmos fatos.

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Eu tento contar a minha versão, mas vista de outra forma, por outro ângulo, de outros fatos. Tento imaginar como estão esses espíritos, o que eles viram naquela época, o que sabiam e se esses “sinais” enviados em voz, sons, passos não seriam uma forma de avisar, de contar o que realmente aconteceu?

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Não saberiam eles onde está a outra arma nunca encontrada? Teria sido feito uma investigação no local, entre paredes e lugares secretos? Será que eles existiram ou ainda existem?

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Um castelinho erguido com amor, um presente de prova pura de união de felicidade, como poderia ser ele assombrado por forças malignas, se até o dia de 1937 nada de ruim havia acontecido?

(Foto - Arquivos)

Em uma das matérias que li, comenta-se sobre a possibilidade de um dos irmãos estar sendo influenciado por espíritos malignos, e que esses espíritos teriam feito com que ele causasse a morte de sua mãe, seu irmão, e tê-lo feito se suicidar, ou talvez o tenha feito em remorso. Poderia ser, mas poderia não ser.

(Foto - Arquivos)

Hoje, agosto de 2021, mesmo o castelinho estando em ruinas, esses espíritos ainda estão ali, presos, talvez revivendo a mesma época de 1937. Tentando contar sua história. Tentando através de suas vozes que para nós muitas vezes chegam apenas como sons, passos, o que houve de verdade naquele dia fatídico.

(Foto - Internet)

O Castelinho da rua Apa, como tem sido conhecido fala de terror, medo. Eu o vejo como uma construção antiga, erguida como presente de um amor eterno. Amor esse que ainda vive no local, uma família unida pelo amor, mas que presenciou a dor.

(Foto - Arquivos)

Se vocês estivessem do outro lado, como avisariam que não cometeu o crime? Que estão ali na casa “vivo” porque para deixarem o local precisam solucionar o crime que os envolve?

(Foto - TR)

Não acho que o assassino está dentro daquelas paredes, existem ponta soltas de uma história nunca mais erguida. Uma arma que nunca apareceu, dois tiros no mesmo lugar, no peito de um dos irmãos, nunca explicado. Essa arma, nunca encontrada teria ela estado escondida no castelinho durante anos depois?

(Foto - Internet)

Enquanto escrevia me veio em mente a hipótese de um dos irmãos realmente ter se matado depois de matar a família, sim poderia. O motivo real só ele sabe.

Mesmo que essa fosse a história desse crime não solucionado, o que para mim não soa como verdadeiro, ainda sim, acredito que eles repetem tudo o que aconteceu, como aconteceu, a todos que chegam no local, na esperança de solucionarem o que realmente aconteceu, e como todas as outras pessoas que vão e vem, também poderem sentir a liberdade de ir embora. Pois segundo estudos os espíritos que transitam para a morte de forma brusca, acabam por ficar no local, sentem-se presos.

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Se realmente fossem espíritos malignos, ou um local de energia negativa, os moradores do local, depois desse crime, não teriam conseguido viver por tantos anos, e nenhum deles, em vários lugares que li relatam tentativa de machucar ou de morte de ninguém da família. Relatam sim, sons, vozes, mas nada que fosse absurdo envolto de magia negra. Um acidente o outro, mas nenhuma matéria descreve esses acidentes como cruéis ou brutais.

(Foto - TR)

As pessoas ao redor dizem que os sons as vezes são assustadores. Além do crime pelo qual suas vidas foram tiradas, um crime não solucionado e que ainda foi incriminado um dos irmãos, e que após todos esses anos a casa foi sendo deteriorada. São espíritos presos ao passado entre paredes e objetos que estão em ruinas, como não gritar por socorro? Diante deles a casa está morrendo, por um crime que eles não cometeram, mas que só eles e a casa sabe a verdade.

Eu gritaria! Tentaria ser ouvida, compreendida. E vocês leitores, não fariam o mesmo? Não existia tecnologia na época que o crime aconteceu, existia apenas palavras e naquele dia fatídico talvez nem vozes se quer foram ouvidas, apenas o som dos tiros e passos rápidos que escaparam da morte, e que nunca foram encontrados. A quarta pessoa, a que realmente cometeu o crime, conseguiu a liberdade, e eles continuam ali presos em suas próprias histórias.

Existem muitas formas de nos comunicar, cada qual usa a forma que conhece ou que consegue. O que sabemos é que esses espíritos fazem parte das Lendas sobrenaturais que fascinam e encantam alguns e afastam e são temidos por outros.

(Foto - Internet)

A casa está em uma encruzilhada, e por isso seria local de magia negra. Segundo alguns, pois saibam que também moro em uma encruzilhada e garanto que a casa não possui magia negra. A moradora é apenas uma bruxa que faz feitiços com letras e nascem matérias e histórias, projetos e artes, mas sem nenhuma influência ou intenção de magia negra (risos)

Acredito que nada acontece por acaso, e que o castelinho tem vida, tem voz, tem som, tem luz. E tem principalmente moradores, que contam e recontam a sua visão dos fatos esperando que alguém possa em fim entende-los. E com isso libertá-los.

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