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Aldeia dos Sentenciados e as Ruínas do Antigo Presídio


Ruínas - Foto: Thais Riotto
Ruínas - Foto: Thais Riotto


Local: Arquipélago de Fernando de Noronha, Pernambuco/BR


A Aldeia dos Sentenciados e as Ruínas do Antigo Presídio são locais históricos em Fernando de Noronha que possuem grande relevância cultural e simbólica.


Estão ligados à história do Brasil, especificamente ao sistema penal da época, e são importantes pontos turísticos da ilha, atraindo visitantes interessados na história e na beleza natural do local.

 


 

Aldeia dos Sentenciados 


Foi um assentamento onde foram alojados prisioneiros durante o período em que o arquipélago de Fernando de Noronha foi utilizado como colônia penal, entre os anos de 1938 e 1957.


A ilha era usada pelo governo brasileiro para encarcerar prisioneiros, incluindo pessoas acusadas de crimes políticos, durante o regime militar e também criminosos comuns.

A aldeia foi estabelecida para abrigar os prisioneiros e suas famílias, que eram trazidas para a ilha.


Embora o local tenha sido pensado para servir como espaço de reclusão, os prisioneiros trabalhavam nas plantações de coco, no cultivo de alimentos e em outras atividades que buscavam garantir a subsistência da comunidade penal.

 


Ruínas - Foto: Thais Riotto
Ruínas - Foto: Thais Riotto

 

Ruínas do Antigo Presídio


Foi instalado no ano de 1938, com o objetivo de isolar os prisioneiros e dificultar a fuga, já que a ilha é cercada pelo mar.


O presídio se localizava em uma parte da ilha que hoje abriga hoje as Ruínas do Antigo Presídio. Essas ruínas são vestígios de um sistema penal severo, onde os prisioneiros eram mantidos sob condições de extrema rigidez.


O presídio foi fechado em 1957, e hoje, o que restou de sua estrutura serve como uma lembrança do passado histórico da ilha. As ruínas incluem o edifício principal, celas, e estruturas auxiliares que formavam o complexo penal. Algumas das partes mais notáveis das ruínas incluem:


  1. Celas e muros: O presídio tinha celas pequenas, com pouco conforto, e as paredes eram grossas, muitas vezes construídas com pedras locais.


  2. Casa dos guardas: Havia áreas específicas onde os guardas viviam e monitoravam os prisioneiros. Essas casas são simples e, assim como as celas, reflete a austeridade da época.


  3. Capela: Uma pequena capela também fazia parte do complexo, um local de oração para os prisioneiros.


  4. Vista panorâmica: Devido à localização estratégica, o presídio tinha uma vista ampla do oceano, e é possível ter uma percepção da isolação que os prisioneiros experimentavam.

 


 

Foto: Thais Riotto
Foto: Thais Riotto

Contexto Histórico


Durante o período em que o presídio estava em operação, a ilha servia como um verdadeiro "deserto penal". Além de prisioneiros comuns, alguns prisioneiros políticos da ditadura do Estado Novo e do regime militar também foram enviados para Fernando de Noronha, o que aumentou a tensão e o caráter punitivo do local.


A Aldeia dos Sentenciados, ao lado do presídio, era onde as famílias dos prisioneiros viviam, e as atividades por eles executadas era uma parte fundamental da economia da ilha durante esse período.


Hoje, tanto a Aldeia dos Sentenciados quanto as Ruínas do Antigo Presídio são importantes para o turismo histórico de Fernando de Noronha, fornecendo uma visão sobre o passado penal da ilha.


As ruínas, em particular, atraem visitantes que buscam entender a complexa história da ilha, ao mesmo tempo em que oferecem uma vista incrível do entorno natural.

 


 

Eternos Moradores


São locais carregados de um passado sombrio, e isso gera ao longo dos anos diversas histórias e lendas envolvendo aparições sobrenaturais. Relatos de fantasmas e espíritos errantes são comuns entre os moradores e turistas criando uma atmosfera mística que torna esses lugares ainda mais intrigantes e misteriosos.

 


Antigas Grades - Foto: Thais Riotto
Antigas Grades - Foto: Thais Riotto

 

Os Fantasmas da Aldeia dos Sentenciados


  1. O Fantasma do Prisioneiro: Um dos relatos mais comuns envolve o fantasma de um prisioneiro que teria morrido de forma violenta ou misteriosa na aldeia. Acredita-se que ele ainda percorra a área, vagando pelos antigos barracões e pelas plantações de coco onde os prisioneiros trabalhavam. Os relatos incluem aparições de uma figura de aparência cansada, que aparece à noite, especialmente nas áreas mais isoladas, onde as famílias viviam.


  2. Sussurros e Passos: Alguns moradores e visitantes relatam ouvir sussurros e passos pesados durante a noite. Esses sons são muitas vezes associados aos espíritos dos antigos prisioneiros que, em vida, não conheciam a liberdade e podem ainda estar presos àquela realidade, caminhando pela aldeia como se estivessem cumprindo suas penas eternamente.


  3. A Mulher de Branco: Há também lendas sobre uma mulher fantasmagórica que vaga pela aldeia, vestida de branco. Diz-se que ela era esposa de um prisioneiro que morreu de maneira trágica. Ela teria sofrido muito durante sua estadia na aldeia, esperando pela liberdade do marido. Acredita-se que ela, após sua morte, não tenha conseguido abandonar o lugar, e hoje, sua imagem é vista em alguns momentos pela aldeia, especialmente ao cair da noite.

 


 

Fantasmas nas Ruínas do Antigo Presídio


  1. O Espírito do Carcereiro: Um dos fantasmas mais mencionados é o de um carcereiro que teria morrido no local de maneira abrupta ou violenta. Segundo a lenda, ele era uma figura temida, conhecido por ser extremamente cruel com os prisioneiros. Após a sua morte, seu espírito teria se tornado um espectro vingativo, visto como uma sombra inquieta nas antigas instalações do presídio, especialmente perto das celas e nas áreas de guarda.


  2. O Som das Correntes: Muitos visitantes relatam ouvir o som de correntes sendo arrastadas pelos corredores do presídio. Isso é associado aos espíritos dos prisioneiros que ainda estão "presos" ao local, incapazes de se libertar de suas correntes, mesmo após a morte. Esses sons são descritos como vindo de lugares onde não há mais ninguém, criando uma sensação de desconforto e medo.


  3. Visões de Prisioneiros: Alguns relatos falam de figuras que surgem nas ruínas, com aparência de prisioneiros antigos, vestindo roupas de época e caminhando lentamente entre as pedras quebradas. Esses "prisioneiros fantasmas" são frequentemente vistos em momentos de grande silêncio, especialmente ao amanhecer ou ao anoitecer, e são descritos como estando em estado de sofrimento, refletindo as condições difíceis em que viveram.


  4. A Aparição do Soldado: Outra história envolve a aparição de um soldado, que teria sido posto para vigiar o presídio durante a sua operação. Aparentemente, ele teria cometido algum erro grave em seu trabalho de vigilância, o que resultou na morte de prisioneiros. Como punição, ele teria sido forçado a continuar patrulhando o local após sua morte. Até hoje, visitantes afirmam ver sua silhueta andando pelas ruínas, especialmente perto das guaritas.

 


 

A Atmosfera Assombrada


Ruínas - Foto: Thais Riotto
Ruínas - Foto: Thais Riotto

O isolamento natural de Fernando de Noronha, com suas paisagens de beleza estonteante e seu ambiente remoto, intensifica o impacto psicológico do passado sombrio da ilha.


As ruínas e a aldeia, agora em estado de abandono, com suas construções de pedras e paredes rachadas, contribuem para um cenário de lendas e aparições.


A Aldeia dos Sentenciados e as Ruínas do Antigo Presídio de Fernando de Noronha são locais ricos em história, mas também em mistério e sobrenatural.


As lendas de fantasmas e encantados que habitam esses locais são uma forma de preservar a memória da vida dos prisioneiros e suas famílias.  



Esses relatos aumentam a aura de mistério em torno de Fernando de Noronha, fazendo com que os locais sejam visitados não apenas por sua beleza natural, mas também pela curiosidade sobre o que ainda pode habitar em suas sombras, o vento sopra mais do que sons da natureza, sopra histórias e vozes aos que sabem ouvir, e conseguem entender....




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